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São Paulo deve ser último a ficar livre de aftosa sem vacinação, diz Secretaria
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Apesar de não ter casos de febre aftosa há 20 anos, São Paulo deve ser o último Estado do país a se tornar área livreda doença sem vacinação, o que deve ocorrer em todo o Brasil e na América Latina até 2020. A avaliação é da própria Secretaria de Agricultura de São Paulo e leva em conta, principalmente, o fato de o Estado ser uma área de trânsito de bovinos de outros regiões para terminação e abate. "São Paulo tem 4% do rebanho, mas 24% dos abates do país, com grande migração de animais de Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por isso, é necessária a cautela", disse o secretário de Agricultura paulista, Arnaldo Jardim.

De acordo com o coordenador de Defesa Agropecuária, Fernando Buchala, o processo para o reconhecimento de área livre começará com a adoção de um plano de mitigação para que haja uma retirada gradual da vacinação contra a aftosa no Estado. "O plano é o reconhecimento e mapeamento das áreas de risco por meio dos instrumentos eletrônicos que já temos e, paralelamente, um estudo da atividade viral com análises de amostra de sangue do rebanho e ainda da eficiência da vacinação", explicou.

Buchala avalia que a retirada da vacinação será um processo lento e gradativo e ainda precisará de monitoramento de outros Estados, principalmente os fornecedores de animais para São Paulo. "Provavelmente, primeiro deverá ser retirada a vacinação de animais que estão longe de zonas de fronteira e de animais que estão internos em áreas isoladas. Além disso, devemos estar atentos aos programas semelhantes instalados nos Estados vizinhos e fornecedores de animais, pois cada um precisa fazer o reconhecimento do circuito pecuário próprio e definir qual a estratégia", salientou o coordenador.

Ainda segundo Buchala, o próximo passo do país será conseguir o reconhecimento de área livre de aftosa com vacinação para os Estados da Região Norte do Brasil, que ainda são considerados áreas com risco desconhecido. Isso deve ocorrer na reunião da Organização Internacional de Epizootias (OIE), no mês que vem. Na mesma reunião, de acordo com o secretário Arnaldo Jardim, São Paulo levará o pleito de reconhecimento junto à OIE como área livre para a Peste Suína Clássica. O Estado não registra casos da doença em suínos desde 1998 e já é área livre de vacinação.

O secretário Arnaldo Jardim abriu nesta sexta-feira (29/4), na Agrishow, a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa de bovinos e bubalinos até 24 meses no Estado, que ocorre em maio. No mesmo período do ano passado foram imunizados 4,2 milhões de animais de um rebanho estimado de 10,3 milhões de cabeças. O pecuarista tem até 7 de junho para comprovar a vacinação e, caso não o faça, está sujeito a multas de 5 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), ou R$ 117,75 por animal não vacinado, e ainda de 3 Ufesp, ou R$ 70,65 por animal não declarado.
Fonte:http://revistagloborural.globo.com/

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