Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras somaram US$ 128,3 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2015. O saldo da balança comercial foi positivo em US$ 7,3 bilhões, o que representa aumento em relação ao mesmo período de 2014. Entretanto, o superávit maior se deve, principalmente, à queda de 21,3% das importações. Desde o mês de março, a balança comercial mensal tem apresentado valores superiores àqueles vistos nos dois últimos anos.
A soja em grãos continua sendo o principal produto exportado pelo Brasil, somando US$ 17,7 bilhões de janeiro a agosto e representando 13,8% do valor total das exportações do país. Comparando o desempenho de agosto 2014 e de 2015, constata-se aumento de 25,4% para a soja em grãos. Para o óleo de soja bruto, o aumento foi de 88,2%. O farelo de soja, quinto produto mais exportado, apresentou embarques de US$ 4,4 bilhões. A média diária das exportações do complexo soja, em agosto, foi de US$ 124,5 milhões, enquanto para o segundo principal setor, petróleos e derivados, essa média foi de US$ 74,5 milhões. A maioria da safra 2014/2015 já foi comercializada e o plantio de soja no Brasil, para a próxima safra, deve começar nesse mês.
A carne de frango foi o quarto principal produto na pauta de exportação brasileira, somando US$ 4,2 bilhões no acumulado do ano. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), os preços dessa proteína no mercado interno fecharam agosto em alta, impulsionados pelo bom desempenho das exportações em 2015. Isso mostra a importância do mercado externo para o produtor rural. Comparando o desempenho de 2014 e 2015, para o mês de agosto, houve aumento de 14% no volume de embarques de carne de frango in natura. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango.
Para o acumulado de 2015, entre os produtos do setor agropecuário que apresentaram aumento no valor exportado, está o café em grão (+1,1%), somando US$ 3,7 bilhões; a celulose (+1,3%), somando US$ 3,5 bilhões; a madeira serrada (+16,9%), somando US$ 308 milhões e o algodão (+4,0 %), somando US$ 482 milhões. O bom desempenho das exportações de algodão, até agosto de 2015, combinado à menor oferta doméstica devido ao atraso da safra 2014/2015, elevou os preços do algodão em pluma no mercado nacional, em agosto, segundo informações do CEPEA.