O Rabobank avalia que os fundamentos no mercado de lácteos devem apresentar mudanças a partir do primeiro semestre de 2016. Apesar do superávit atual, o banco espera "um estreitamento do mercado, uma vez que os preços baixos na Nova Zelândia e o recuo das cotações internacionais frearam a produção de leite, enquanto a demanda aumenta, em virtude justamente, dos preços mais baixos", afirmou o estrategista global de laticínios do Rabobank, Tim Hunt.
Ele alerta que o fenômeno climático El Niño aumenta as chances de tempo desfavorável em importantes regiões produtoras. Em contrapartida, o fim das cotas da União Europeia e a desvalorização do euro podem levar a um aumento maior que o esperado na oferta. Hunt alerta também que "os riscos atualmente são exacerbados pela fraqueza da economia mundial, com a possível volatilidade dos mercados financeiros".
Em compensação, o economista Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Australia, alerta que o mercado deve pelo menos esperar para avaliar os níveis de produção, já que, segundo ele, ainda não há notícias de queda. Segundo ele, a redução da produção é "apenas conceitual" até o momento e a "queda na safra da Nova Zelândia depende do abate de vacas e do declínio sazonal".
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