O mosquito Aedes aegypti virou vilão nacional com os crescentes casos de doenças transmitidas por ele como a dengue e o zika vírus, que tem provável relação com o surto de microcefalia em recém-nascidos.
Os números do Ministério da Saúde são assustadores: até fevereiro deste ano foram confirmados 27 casos de dengue de estado grave (com alto risco de evolução para tipo hemorrágico e com necessidade de hospitalização) e 482 casos com sintomas alarmantes (quando é preciso monitorar o paciente, mas sem necessidade de internação), além de 745 casos confirmados de microcefalia e outros 4.231 casos suspeitos, com a maioria deles relacionada com o zika, segundo o próprio Ministério.
Para combater o inseto, todos os brasileiros devem entrar nessa guerra. Não deixar água parada ainda é o principal método para evitar a proliferação dos mosquitos, mas não é o único. Larvicidas que impedem que o inseto cheguem à vida adulta, peixes que se alimentam de larvas e ovos do vetor e até mesmo plantas da caatinga são meios que têm sido utilizados por cidadãos urbanos e produtores rurais para reduzir os focos da dengue. Abaixo, listamos cinco ideias eficazes no combate às larvas do mosquito.
Tradicionais do ecossistema da Caatinga, as plantas cutia e umburana estão sendo estudadas por um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional do Semiárido, em Campina Grande (PB), por terem substâncias que funcionam como biopesticidas no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do vírus Zika e da chikungunya. Saiba mais clicando aqui.
A Secretaria de Saúde do município do Rio de Janeiro há três anos utiliza peixes da espécie Poecilia reticulada, popularmente conhecidos por redondos ou barrigudinhos, para eliminar criadouros do inseto. Eles se alimentam de matéria orgânica, inclusive larvas do mosquito Aedes. Veja como eles atuam clicando aqui.
Desde janeiro de 2016, o pecuarista Ludgero Sant’Anna e sua família se dividem entre empacotar e distribuir sementes de crotalária em Buritis (MG). Após pesquisar na internet formas alternativas de combater o Aedes aegypti encontrou na planta uma forma sustentável e relativamente fácil de adotar na região. Conheça a iniciativaclicando aqui.
A empresa Oxitec desenvolveu em laboratório um mosquito transgênico do Aedes aegypti que deve ser mais uma arma no combate às doenças transmitidas pelo inseto. No experimento, realizado em parceria com a prefeitura de Piracicaba, interior do Estado de São Paulo, a liberação de mosquitos geneticamente modificados reduziu em 82% a quantidade de larvas selvagens no bairro de CECAP/Eldorado, logradouro escolhido para o estudo. Clique aqui para saber mais sobre a tecnologia.
O Biovech é o primeiro larvicida biológico aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para combater a dengue. Desenvolvido para uso doméstico, o Biovech é capaz de eliminar em até 24 horas as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A Indústria de Biotecnologia e Nanotecnologia Neovech, do Grupo FK Biotecnologia, dona da tecnologia, fechou parceria para distribuição em lojas das redes Walmart, no Sudeste, e Bompreço e Hiper Bompreço, no Nordeste. Saiba mais sobre essa alternativa biológica clicando aqui.
Fonte:http://revistagloborural.globo.com/